D57N: Destino |
A presença das anomalias na formação da imagem da eternidade. |
Existe uma faixa que define um campo de artificialização que nos é próprio. O que vai além, é tudo que não há como intervir, modificar e inevitavelmente ocorrerá. Ao olhar e ver a paisagem celeste, nos deparamos com o desconhecido, o inexplicável, aquilo que está fora da escala das intervenções humanas. A visão daquilo que podemos apenas observar e admirar, testemunhando as mudanças no trânsito de um conjunto de pontos, corpos interligados em movimentos resultantes de forças eternas em uma rede de matéria e energias. Em tal condição, estamos a percorrer uma trajetória ao qual, conscientes ou não, com ou sem a existência da vida, nós, nosso ambiente e toda a matéria que nos compõe, continuará a seguir tal percurso. Um caminho resultante da interação dos corpos celestes que antecede nossa existência e que ainda estará em processo após a nossa presença, que apresenta e determina um conjunto de direções comum a todos. Este trabalho busca tornar este caminho visualizável, ao tingir linhas no espaço visual que evidenciem os locais por onde passamos e que ainda estaremos, ao mesmo tempo em que a documentação dos movimentos dos corpos celestes possibilita a análise crítica da constância de emergências de anomalias na formação das realidades. Com a amplitude do tema tratado, é assumido que o trabalho se situa em uma área difusa entre as artes, ciências e filosofias. Também é considerada que as investigações e aplicações dos dados coletados irão interferir no desenvolvimento do aparato e na interpretação dos produtos fotográficos resultantes de seu funcionamento. |
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Com um relógio solar, simulações comutacionais e a análise de fotografias star-trails são desenvolvidos conceitos e sensibilidades quanto às estruturas do universo. |